sexta-feira, 27 de junho de 2008

Homofobia



Homofobia caracteriza o medo e o resultante desprezo pelos homossexuais que alguns indivíduos sentem. Para muitas pessoas é fruto do medo de elas próprias serem homossexuais ou de que os outros pensem que o são. O termo é usado para descrever uma repulsa face às relações afectivas e sexuais entre pessoas do mesmo sexo, um ódio generalizado aos homossexuais e todos os aspectos do preconceito heterossexista e da discriminação anti-homossexual.
A marcha deste ano teve o tema "Homofobia mata- Por um Estado laico de fato". A prefeitura informou que a capital paulista registrou 98 casos de violência motivados pelo preconceito, de janeiro a abril deste ano.
A militância homossexual acusou forças políticas ligadas a igrejas cristãs e evangélicas de impedir a aprovação de leis de interesse à comunidade gay, com o projeto de lei nº 122, que criminaliza a prática da homofobia.
O governo Lula possui um projeto chamado "Brasil sem Homofobia". A União libera dinheiro para promoção de manifestações por ONGs. Neste ano, a Parada Gay de São Paulo recebeu dinheiro de estatais como Petrobras e Caixa Econômica Federal.
Só no ano passado foram mais de 300 eventos, incluindo paradas, congressos, seminários, mostras de cinema, peças de teatro, atividades esportivas, entre outros.



Ser homossexual é algo de foro íntimo, uma opção – ou não – do indivíduo. Sua preferência sexual carrega certos fardos naturais – como a impossibilidade de procriação – mas ninguém tem nada a ver com isso. Ninguém deveria ser alvo de preconceito somente por gostar de gente do mesmo sexo. Mas as outras pessoas, que não compartilham desta preferência, também não deveriam ter suas liberdades prejudicadas. Isso envolve não forçar que heterossexuais paguem pelas paradas gays via seus impostos, ou que donos de empresas sejam obrigados a contratar certa quantidade de membros de minorias caso ele não deseje. Pode ser moralmente repulsivo que alguém deixe de contratar um funcionário somente pela sua cor ou escolha sexual, além de ser ilógico do ponto de vista econômico. Mas não é via leis que vamos superar tal preconceito. Se um sujeito quer contratar somente ruivos ou pessoas altas, deve ser um direito seu. O tempo irá se encarregar de eliminar tais figuras do mercado, pela menor eficiência de sua empresa. Afinal, quanto mais você limita o escopo de candidatos para a contratação, por aspectos que nada dizem sobre a eficiência e produtividade do empregado, menores as chances de você contratar o melhor candidato disponível. A sua produtividade sofre pelo preconceito.Resumindo, vamos defender sim o fim do preconceito, o tratamento isonômico para todos os indivíduos. Isso pressupõe ficar contra qualquer privilégio concedido pelo Estado, incluindo todo tipo de ação afirmativa. E vamos sentir orgulho das almas nobres, das pessoas virtuosas e inteligentes. Isso independe totalmente da preferência sexual da pessoa. Não há motivo algum para se ter orgulho somente do fato de ser gay.



Rodrigo Constantino

2 comentários:

Paula Nolf disse...

Meu comentário é simples. Cada qual com seu jeitão:D Todo mundo tem o direito de ser o que é...Eu não tenho preconceitos, e o mundo seria muito melhor(põe melhor nisso)se não existisse o preconceito de espécie nenhuma. Sei que isso é uma quimera, mas como dizia o celebre Rauzito "Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só.Mas sonho que se sonha junto é realidade." Por isso quando há empenho e perseverança tudo é possível. Identidade é singular. Todos tem que se respeitar para serem respeitados. O preconceito (ja diz na palavra) é um pré conceito que uma pessoa da a outra sem ao menos conhece-la. Como se pode dizer que se odeia alguém se mesmo o conhecer? É isso ai galerinha...fui

Anônimo disse...

Muito boa a matéria sobre homofobia, precisamos de um estado que seja laico de verdade. Aproveito para falar de uma enquete que mede o que pensa os internautas sobre o projeto de lei PLC 122/2006 que criminaliza a homofobia. Um site de Rondônia publicou uma enquete para medir o que pensam os seus internautas sobre a matéria PLC 122 e para a surpresa de todos, a enquete ganhou outros horizontes, algo que era para ser regional, já possui votos e comentários nacionais e mesmo internacionais. Os homofóbicos têm desenvolvido em igrejas e em sites próprios campanhas para que votem pelo não-favorável. Sei que o número não é tudo, mas é preciso ver o que escrevem. Se querem ver a verdadeira face de um homofóbico, entre no site e leia as listas de comentários. É assustador, meu Deus.

http://www.cacoalro.com.br/site/enquete.php?id=12

Este acima é o site.

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